Fake news e ética no jornalismo são discutidos na UFMS

A roda de conversa com alunos do último ano do curso contou com a participação especial de Samira de Castro, presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas)

Por: Renata Fontoura

Foto: Alunos com Samira de Castro, ao lado de Walter Gonçalves Filho, presidente do Sindijor/MS. (Foto: Jacqueline Lopes/SINDJOR-MS)

Fake news, Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e censura foram os temas discutidos na tarde desta sexta-feira (4) na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. A roda de conversa com alunos do último ano do curso de Jornalismo contou com a participação especial de Samira de Castro, presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas).
“No momento em que qualquer pessoa pode produzir e difundir conteúdos, sobretudo nas redes sociais digitais, o jornalismo se reafirma como campo profissional que exige conhecimento especializado, tanto teórico quanto ético, para que a sociedade possa distinguir o que de fato é informação em meio ao tsunami de mentiras, popularmente conhecidas como fake news“, orienta Samira.
A jornalista cearense ressalta a importância do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.
“Antes de sermos assolados por essa desinformação em massa, a Federação Nacional dos Jornalistas já pensava num pacto coletivo dos profissionais com a sociedade para estabelecer os limites de atuação do jornalista, tendo em vista a própria proteção das pessoas e da vida em comunidade. Foi então que nasceu o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, primeira versão datada em 1949, e que vigorou até 1969. A versão atual aprovada no Congresso da categoria em 2007 e que vale até hoje”, explica.


Para Samira, é preciso que todos disseminem a cultura de discussão ética entra jornalistas, assim como cada um ter limites na hora de informar.
“Quanto mais a gente discute os erros, mais é possível encontrar soluções e evitar que eles se repitam. Não é possível cassar registro profissional de jornalistas antiéticos, porque quem concede esse registro é o Estado. Então, a gente precisa sempre manter um debate permanente sobre os nossos limites como jornalistas para que não haja uma confusão entre interesse público e interesse do público, ou seja, algo que está muito mais próximo da satisfação de uma curiosidade passageira ou superficial”, alerta.

Fonte: Primeira Página

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