Relatório Fenaj mostra crescimento nas agressões físicas e hostilizações a jornalistas, em 2022

O Brasil registrou no ano passado uma agressão a jornalistas por dia, segundo aponta o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj, lançado nesta quarta-feira, 25/01, no Rio  de Janeiro. Em entrevista à  Rádio Onda Digital, em Manaus, a presidenta da entidade nacional dos jornalistas brasileiros e o presidente Wilson  Reis, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Amazonas – SJP/AM, destacaram o aumento dos ataques diretos aos profissionais da notícia, como agressões físicas e hostilizações, como uma marca na gestão do governo Bolsonaro.

O ano de 2022 foi marcado, no Brasil, pelas eleições gerais e pela violência política, que atingiu autoridades, políticos, militantes dos movimentos sindical e social e pessoas que, em comum, tinham o fato de serem defensores da democracia e das instituições democráticas. Os jornalistas brasileiros foram, igualmente, vítimas do ódio político, mas tiveram de continuar enfrentando também a violência dirigida à categoria em razão do exercício profissional.

Assim, o número de agressões a jornalistas e a veículos de comunicação manteve-se em níveis elevados, apesar da queda registrada em comparação com o ano anterior. Foram 376 casos, 54 casos a menos que os 430 registrados em 2021, ano recorde, desde o início da série histórica dos levantamentos feitos pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Apesar da queda de 12,53% em relação ao ano anterior, o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2022 traz uma constatação: as agressões diretas a jornalistas tiveram crescimento em todas as regiões do país, com jornalistas sendo atacados cotidianamente. “Houve uma agressão por dia a jornalista no país no ano passado”, afirma a presidenta da Fenaj, Samira de Castro, destacando que, em muitos casos, mais de um profissional foi agredido.

Houve crescimento de 133,33% nas ocorrências de ameaças/hostilizações/intimidações, que foi a segunda categoria com maior número de ocorrências em 2022, com 77 casos. Já as Agressões físicas aumentaram 88,46%, passando de 26 para 49 no ano passado. Cabe destacar, ainda, o brutal assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, numa emboscada, junto com o indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte (AM).

Fonte: SJPAM/Fenaj.

Contato: 

Assessoria de Imprensa/SJPAM  (92) 3234-9977/99186-0465

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