Sindicato dos Jornalistas comemora 60 anos no Amazonas com solenidade nesta sexta-feira
Sindicato dos Jornalistas comemora 60 anos no Amazonas com solenidade nesta sexta-feira
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJP/AM) comemora, na próxima sexta-feira, 21/12, 60 anos de existência, a partir das 19h, com coquetel e solenidade de homenagens a ex-presidentes e autoridades que fizeram parte da história da entidade. O evento será realizado no Salão Solimões (Av. Sete de Setembro, 1546, anexo ao Centro Cultural Palácio Rio Negro) e é aberto a todos os jornalistas.
“Queremos tornar viva a nossa memória, reconhecer a nossa história porque é isso que nos faz saber para onde caminhar. Os jornalistas precisam valorizar essa história que foi e ainda é feita de muita luta, de suor e de esperança. Vivemos em um momento em que o nosso trabalho é fundamental para o combate à fake news e pós-verdades que dilaceram os valores de uma sociedade democrática e é isso que queremos resgatar neste evento. Por isso, todos os jornalistas são convidados”, afirmou a presidente do SJP/AM, Auxiliadora Tupinambá.
Em seis décadas de existência, o SJP/AM reúne em torno de si um legado histórico de lutas e conquistas importantes, tanto para a categoria quanto para a sociedade. Criado em 18 de dezembro de 1958 sob a inspiração de movimentos anteriores, a entidade sindical teve como primeiro presidente o jornalista Arlindo Porto.
Em 1957, um grupo de jornalistas organiza a Associação Profissional dos Jornalistas do Amazonas (APJAM), cumprindo exigência da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – um grande passo para a fundação do atual sindicato. A entidade teve como presidente o jornalista Weselys Worms Miranda Braga.
Em 18 de dezembro de 1958, o ministro dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio, Fernando Nóbrega assina a Carta Sindical que transforma a Associação Profissional dos Jornalistas do Amazonas em Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJP/AM).
Nos primeiros meses de 1964, o Brasil vive uma efervescência com a crise política e as tensões sociais. Os militares instauram o Golpe e tomam o poder e passam a governar o país em regime de ditadura. As truculências da ditadura atingem as instituições e as entidades democráticas pertencentes aos movimentos sociais e sindicais, autorizando prisões de intelectuais e jornalistas, inclusive de membros da diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas (SJP/AM).
Até o ano de 1965, o sindicato permanece com as atividades paralisadas, quando é eleito presidente o jornalista Sínval Andrade Gonçalves, para o triênio 1966/1969. Em sua gestão, Sinval busca apoio do então governador (interventor) Arthur Reis para a construção da sede do sindicato.
Em 1985, o Sindicato dos Jornalistas do Amazonas entra para a história dos movimentos sociais do Estado ao liderar uma greve que dura mais de 15 dias, deflagrada depois que patrões não atendem as reivindicações da categoria, como o aumento do piso salarial e outras propostas, especificamente a que beneficia a mulher jornalista.
Durante 60 anos, os jornalistas lutam para organizar a categoria e obter conquistas para melhorar as condições de salário e trabalho tendo agora, um novo horizonte de conscientização e mobilização dos profissionais para atuar em um contexto de convergência das mídias, mídias digitais, novas leis trabalhistas e fake news.