Segurança dos Jornalistas: FENAJ orienta sindicatos sobre cobertura do 7 de Setembro
Preocupada com a escalada da violência contra jornalistas e demais trabalhadores da mídia, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) orientou os Sindicatos filiados a reforçarem as medidas de segurança da categoria na cobertura dos atos do 7 de Setembro em todo o país.
Além da manutenção de equipes de plantão no feriado, a Diretoria Executiva da Federação orienta para que os Sindicatos enviem ofício às empresas empregadoras, “alertando para os riscos de agressões por parte dos manifestantes bolsonaristas” e pedindo a adoção de medidas protetivas, como por exemplo, a garantia de que repórteres, repórteres fotográficos e cinematográficos não cubram manifestações sozinhos.
A preocupação com as manifestações organizadas pelos simpatizantes ao presidente da República se justifica. Em 2021, segundo o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, foram registrados 430 episódios de agressões à categoria. Jair Bolsonaro (PL) foi o principal agressor, com por 147 casos (34,19% do total). Também aparecem como perpetradores de violência contra profissionais da mídia “manifestantes bolsonaristas”, com 20 casos.
Outra orientação, a ser direcionada pelos Sindicatos às empresas jornalísticas, é a de comunicar às autoridades competentes casos de ameaças prévias a jornalistas e/ou veículos de comunicação e orientar as/os trabalhadores agredidos a registrar Boletim de Ocorrência.
A FENAJ também sugere aos jornalistas a leitura do “Guia de Proteção a Jornalistas na Cobertura Eleitoral “, elaborado pelo Sindicato dos Jornalistas de SP e disponível AQUI.
Por fim, os Sindicatos filiados foram convidados a participar das manifestações do 28º Grito dos Excluídos e Excluídas e a convocar a categoria para se engajar nas atividades em seus estados/cidades. Este ano, o tema é “Brasil: 200 anos de independência para quem?”.
Fonte: Federação Nacional dos Jornalistas