O Chico de boas lembranças
Há 23 anos, no dia 12 de julho de 1999, com 52 anos, o jornalista e amigo Francisco Pacífico nos deixava. A morte muito cedo aconteceu logo após ele ter deixado, à época, o jornal Amazonas Em Tempo.
Lembro da data para destacar a importância de Chico Pacífico, como era conhecido entre os mais próximos, no jornalismo no Estado e onde cheguei, no jornal A Crítica (AC), a convite do próprio, no ano de 1987, para trabalhar na Editoria de Polícia, em uma equipe experiente com os jornalistas Eduardo Gomes e Fernando Ruiz.
Não é difícil falar de Chico Pacífico. Tinha talento nato e escrevia fácil. Conseguia aliar esta condição à paciência e à persistência de construir a notícia. Autodidata, era dono de um texto limpo e fiel às regras básicas do bom e velho jornalismo.
Chico deixou saudades. Na redação de AC e nos bares de nossa cidade. Não esqueço uma das orientações que costumava passar quando perguntava a ele qual era a pauta do dia, pois era o editor: “tu bebes? Frequenta algum bar?. Eu dizia: só em dias de festa. E ele: o assunto que vai gerar a pauta do dia seguinte pode surgir na mesa do bar, Wilson. Se referindo ao Bar do Armando (no Largo São Sebastião, centro histórico), onde nos fins da tarde costumava ir e conseguir pautas nas conversas com promotores do Ministério Público (MP), advogados e juízes. Ou, no Bar Caldeira, na rua José Clemente, também no centro histórico de Manaus.
Excelentes pessoas trazem boas lembranças, Chico Pacífico.
Gratidão por tudo!
Wilson Reis.
Foto: Frank Sena