União se manifesta de forma contrária à inclusão de jornalistas no PNI

A União se manifestou de forma contrária à inclusão de jornalistas no Plano Nacional de Imunização (PNI). A negativa foi apresentada na ação civil pública que tramita na 7ª Vara Federal Cível e Agrária, movida pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba).

O pronunciamento contrário da União ocorreu nesta segunda-feira (21/06), após o pedido da juíza federal substituta, Renata Almeida de Moura. O advogado da União, Anderson de Oliveira requereu o “indeferimento do pedido” de julgamento de urgência para a vacinação dos jornalistas e pontuou que “a cada dose forçadamente transferida para um determinado grupo, significaria uma pessoa dos grupos de risco podendo abarrotar ainda mais os hospitais ou, pior, chegar a óbito”.

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves, pontuou que os argumentos da União foram “extremamente frágeis”. “O primeiro é que se fossemos vacinados, os grupos com comorbidades e profissionais de saúde não seriam vacinados. Ora, os profissionais de saúde já foram todos vacinados e os com comorbidades vêm sendo vacinado desde abril”, disse.

“A segunda questão é em relação a essencialidade. Eles colocam que o governo considerou critérios técnicos. Se nós somos serviço essencial, deveríamos ser incluídos. O plano fala isso. Temos um decreto que nos coloca. Isso pode ser facilmente discutido, comparando até com os caminhoneiros. É uma falácia, onde o presidente da República incluiu no dia após a fala dele. São argumentos pífios”, complementou.

A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas filiados seguem com várias frentes de ação em busca da inclusão da categoria entre as prioridades de vacinação contra a Covid-19. O argumento principal das entidades é o decreto nº 10.288, de 22 de março de 2020, que define a categoria como serviço essencial durante a pandemia.

O elevado número de jornalistas vitimados pela doença evidencia que os profissionais da mídia estão mais expostos à contaminação, em função da própria essencialidade do serviço de levar informações à sociedade. Segundo levantamento do Departamento de Saúde e Previdência da FENAJ, 235 jornalistas vieram a óbito por Covid-19 desde o início da pandemia até o dia 2 de junho desse ano.

Com informações do portal Bahia Notícias

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